sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Prefeito de São Francisco fala à revista do Senado Federal sobre preocupação com possível encerramento da operação da INB em Buena

 

Após participar, no mês de julho, no Senado, como expositor de uma Audiência Pública sobre terras-raras, o prefeito de São Francisco de Itabapoana, Pedrinho Cherene, está agora em uma reportagem da revista “Em Discussão”, publicação mensal de audiências públicas do Senado Federal. 

A revista faz um histórico da atuação das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) na comunidade de Buena, e destaca a preocupação do chefe do Executivo Sanfrancisco quanto ao possível fechamento da unidade. Na reportagem, o prefeito argumenta que o encerramento da operação irá desempregar muita gente e diminuir a renda local. 

“Pedi que técnicos da INB façam um levantamento de áreas com monazita a serem exploradas no município. O trabalho começou em junho e os relatórios serão conhecidos em breve”, destacou o prefeito. Na reportagem de uma página, intitulada “Pioneirismo e descaso”, é mostrado o pioneirismo do Brasil na fabricação de terras-raras, na segunda metade da década de 1940, com a Usina Santo Amaro, na cidade de São Paulo. A matéria-prima era a Monazita, extraída das areias da Praia de Buena, no litoral de São Francisco de Itabapoana. 

 Ainda de acordo com a reportagem, no ano de 1992 a INB, em conjunto com o Instituto de Energia Nuclear, começou a produzir óxidos individuais de terras-raras com graus de pureza superiores a 99% em Buena, já que as demais atividades em São Paulo, inclusive a exploração do mineral, foram encerradas na mesma época. No ano de 2012, no entanto, a usina suspendeu a extração de monazita e deverá operar por oito anos no município com 7 mil toneladas de monazita estocadas. As atividades, ainda de acordo com a revista, não envolvem a exploração de terra-raras na monazita local, mas de ilmetina, zirconita e rutilo, que são comercializados e completam o conjunto de quatro minerais pesados da areia da jazida. Terras-raras – É um composto de 17 elementos químicos associados à indústria de alta tecnologia e que servem como matéria-prima na fabricação de tubos catódicos de televisor em cores, imãs

para motores miniaturizados, ressonância magnética nuclear, cristais geradores de laser, entre outros.

O mercado mundial de terras-raras é dominado atualmente pela China, responsável por cerca de 95% de toda produção. O Governo Brasileiro, no entanto, tenta avançar nesse mercado com investimentos em mapeamento de jazidas, estudos de viabilidade da exploração e capacitação de técnicos. 

 Uma subcomissão temporária, para discutir a elaboração do Marco Regulatório da Mineração em Terras-Raras Brasileiras, foi criada pelo Senado Federal, tendo o prefeito Pedrinho Cherene como um dos convidados como expositor. (Matéria produzida pela Ascom SFI )

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